terça-feira, 10 de junho de 2008

Maria Rita quer afastar imagem de "diva intocável"

Seis anos depois de começar sua carreira, no pequeno palco de um bar de São Paulo, a cantora Maria Rita, 30 anos, tenta afastar a imagem de "diva intocável" que ganhou naquele período, quando as pessoas ainda se emocionavam ou até mesmo se assustavam com as lembranças que seus trejeitos traziam de sua mãe, Elis Regina.
Maria Rita retoma este mês a turnê de seu terceiro álbum, Samba Meu, uma declaração de amor ao gênero, que a faz até sambar no palco, mesmo que timidamente.
"Tinha uma coisa de imagem que estava me incomodando, de diva intocável", disse a cantora. "E esse projeto (CD novo) veio para dar uma aliviada nessa noção. Não sei dizer que consequência isso vai trazer à minha carreira, estou até curiosa para ver o que a vida me guarda."
Hoje, muito mais descolada das comparações com a mãe, Maria Rita afirma que continua a mesma - quem mudou foram os outros. "A percepção das pessoas, da imprensa é outra (hoje), viram que dá para existir as duas, paralelamente, sem estresse."
A turnê de Samba Meu estreou no Rio de Janeiro, no final de 2007, e passou por Porto Alegre. Este mês, o show passa por Brasília (dia 7), São Paulo (13, 14 e 15) e Belo Horizonte (29). Há também viagens marcadas para Buenos Aires em abril, e Portugal e Espanha em junho.
"O que eu tenho visto do público era bem o que eu queria. Um público muito liberto, muito em pé, cantando e dançando, fazendo bagunça, participando bastante, o que era sempre o meu objetivo", disse Maria Rita, que trocou São Paulo pelo Rio em maio para fugir do estresse e ficar mais perto da natureza.
A experiência nesses seis anos de estrada trouxe segurança, apesar de a cantora afirmar que continua com o mesmo frio na barriga na hora do show. "Continuo entrando no palco como se estivesse indo para a guerra", disse ela, rindo.
"Quem vive de passado é museu"Os primeiros shows de Maria Rita aconteceram no bar paulistano Supremo Musical, em 2002, ao lado do compositor Chico Pinheiro e da cantora Luciana Alves. No ano seguinte, lançou seu primeiro CD, que vendeu mais de 800 mil cópias e lhe rendeu três Grammys Latinos, incluindo artista revelação.
O começo meteórico trouxe em 2005 o álbum Segundo, com 204 mil cópias vendidas, e depois Samba Meu, com 120 mil cópias vendidas desde setembro.
Para explicar a rapidez de seu sucesso, Maria Rita se mostra humilde e usa palavras como "sorte" e "privilegiada".
"Foi rápido sim. Tem parceiros meus que estão, que ficaram na guerra, na batalha 10, 12 anos antes de ter um reconhecimento. Eu realmente fui privilegiada, fui abençoada com todas as coisas que aconteceram comigo", disse.
Maria Rita diz que tenta manter uma distância dos discos de ouro e platina que recebeu, assim como dos Grammys Latinos - ela ganhou outros dois pelo CD Segundo.
"Eu cuido, limpo, tiro o pó, mas eu realmente tenho uma relação assim, como uma linha tênue... Eles ficam guardados num canto que eu veja menos", disse.
"É que nem aquela frase, 'quem vive de passado é museu', que eu aprendi vendo filminho de criança com meu filho", disse a cantora, mãe de Antônio, que faz 4 anos em julho.
"Nem o amor faz tanto"O futuro, por enquanto, é focar no novo show, que tem uma hora e quarenta minutos de duração, divido em três partes - samba, shows antigos e samba novamente. Ela diz que a apresentação é exigente, não só pelos sambas, mas também porque dá umas sambadinhas. A nova forma física ajuda a manter o pique.
"Eu falo que vou voltar a cantar de saia comprida para não falarem mais disso (que emagreceu), para voltarem a prestar atenção na música", disse, dando risada e completando que no máximo cuida da alimentação - quase nunca come doce e não toma refrigerante há três anos.
"Esse show é exigente à beça, é samba de cabo a rabo. Cada vez mais eu reverencio Ivete Sangalo", disse.
A longo prazo, Maria Rita diz que quer ser lembrada como uma artista que contribuiu para a música, e não só viveu dela. "Quero fazer pela música o que ela faz por mim", disse.
Mas o que a música faz por Maria Rita? "Tudo, né? Me dá a comida que eu como, me dá o sono que eu durmo... a leveza que eu busco para minha vida... Me dá meu lugar no mundo. Pô, mais que isso, nem amor faz tanto pela gente!"




FONTE: Terra

terça-feira, 3 de junho de 2008

LEMBRANÇAS DE ROSA MARIA PANICALI







ENTREVISTA COM ROSA MARIA PANICALI

Para quem não conhece, Rosa Maria Panicali tornou-se um nome na música popular brasileira, ao vencer o concurso “A mais bela voz colegial”, em 1968, realizado pela extinta TV TUPI. Apresentado por Meire Nogueira e Duarte Moreira, sob a direção de Goulart de Andrade, Fernando Faro e Theóphilo de Barros.
Aos 17 anos, venceu este concurso, dentre aproximadamente mais de mil jovens inscritos, cantando canções de Edu Lobo, Vinicius de Morais e Oscar de Castro Neves. Como prêmio, além de troféu e reportagens em revistas e Jornais, recebeu uma viagem com acompanhante para os Estados Unidos, U$2000, contrato em uma gravadora e na TV TUPI como cantora exclusiva, onde permaneceu por cinco anos.

Ping- Pong:

Mariana - Você iniciou sua carreira muito novinha. Seus pais a apoiavam ou tinham algum preconceito pelo fato de tão nova cantar nos bares das noites paulistanas?
Rosa - Em termos, pois além de cantar na TV, fazer Shows, sempre acompanhada por alguém da família, continuei a estudar. Nas noites, só cantei profissionalmente no Bar Farney’s in, do grande nome da MPB, Dick Farney, onde tive a honra de cantar junto com esse grande músico mas sempre acompanhada de um familiar. Também cantei por uns dois anos no bar JOGRAL, neste antes até de me tornar profissional (tinha uns 15 anos) e ia sempre “escondida” da minha família, por isso nunca trabalhei oficialmente, mesmo tendo sido convidada e ser considerada “prata da casa”.
Mariana - Sua história teve um começo muito cedo e um final também. Qual foi o motivo do abandono dos palcos?
Rosa – Bem, como era muito jovem (18 anos na época, era considerada uma menina), quando começaram a surgir viagens em que eu teria que ir sozinha, houve um descompasso familiar. Nesse ínterim, comecei a namorar (com quem me casei), e ele, embora não externasse em palavras seu descontentamento, deixava claro pelas atitudes, que não gostava. Assim sendo, optei por abandonar precocemente a carreira.

Mariana - Você pretende voltar a cantar?Se não, por qual motivo?

Rosa - Meu tempo já passou.

Mariana - Qual foi a música que mais marcou sua carreira?

Rosa - Canção do Amanhecer de Edu Lobo e Vinícius de Morais.

Mariana - Por que o Silvio Santos te chamou para trabalhar com ele?

Rosa – Silvio Santos arrendava horários na Tupi, e seus programas eram independentes. Ele gostava de mim, me achava engraçada (?) e sempre me convidava para participar de seus programas.
Mariana - Qual era o seu papel nos programas dele?

Rosa – Cantava, era Jurada de vários concursos que ele promovia e outras participações.

Mariana - Você freqüentava muitos bares, shows, programas de televisão. No meio de tantos, provavelmente conheceu diversos nomes da música popular brasileira. Quem você conheceu e com quem você chegou a tocar?

Rosa – Foram vários: Toquinho, Caetano, Gil, Gonzaguinha, Ivan Lins e muitos outros.

Mariana - Aproveitando o fato de que você estava por perto desses grandes ícones e vivia no meio deles. Gostaria de saber se chegou a namorar ou paquerar algum ídolo?

Rosa – Que pergunta!!!!!! Paquerar, somente um ator da extinta Tupi, que hoje é um grande diretor de novelas. Namorei, por pouquíssimo tempo, um jovem músico, que hoje é um grande maestro. É importante esclarecer que o “paquerar” e “namorar” da época, é completamente diferente do “ficar” de hoje. (risos)

Mariana - Quase todos os cantores seguem um estilo musical. Você seguiu o perfil de algum ou criou seu próprio estilo?

Rosa – Todas nós, jovens cantoras da época, tínhamos Elis Regina como o maior ídolo a ser seguido. Eu também cantava as músicas por ela interpretadas, porém sempre procurei imprimir o meu estilo.

Mariana - O que você fez após abandonar a carreira musical?

Rosa – Continuei estudando, me formei em Ciências Econômicas e Pedagogia, formei uma grande e linda família, com quatro filhos maravilhosos. Abracei a carreira de educadora, assumindo cargos de Diretor de Escola e Supervisor de Ensino.
Mariana - Hoje você se considera uma mulher feliz e realizada fora dos palcos?

Rosa – Embora me sinta plenamente realizada profissionalmente e pela família que formei, acho que se pudesse voltar no tempo, não abandonaria a carreira, que era bastante promissora.


FILHO DE PEIXE PEIXINHO É















Maria Rita- filha de Elis Regina, grande ícone da música e símbolo da bossa nova com referência nacional e internacional, filha de César Camargo Mariano também referência musical e irmã do cantor Pedro Camargo Mariano e João Marcelo Bôscoli- conseguiu conquistar seu espaço, não apenas por ser filha dessa grande mulher, mas também, fruto de muito estudo.
Após 8 anos morando nos Estados Unidos, onde estudou música, descobriu seu talento e mostrou ter competência para se destacar no meio artístico.
Tudo começou em 6 de maio de 2002, dia que Maria Rita Mariano surgiu no meio musical e causou rebuliço na população, que ao conhecer a filha de Elis ficaram chocados com a grande semelhança entre mãe e filha.
Muitos a julgam ou julgavam de forma negativa, pelo fato de parecer com sua mãe, pensando que a imitava. Seus trejeitos, voz e postura no palco eram motivos que na época de sua aparição geravam e ainda geram diversas criticas e comparações da imprensa e do público em geral. Mas a grande maioria não sabia e nem procurou saber sobre o que o histórico dessa grande cantora nos relata- que apesar de filha de Elis, sem dúvida a grande estrela, é também referência musical e promete marcar a história da música popular brasileira.
Maria Rita, garante em entrevista dada ao Portal UOL que “a semelhança é apenas culpa da genética”. Por isso, que no repertório do disco de estréia decidiu ficar longe de músicas que sua mãe já tivesse gravado. E também por considerar as músicas cantadas por Elis, obra-prima, chegou a conclusão de que não devem ser tocadas por ninguém para não perder a marca registrada da imagem de su mãe. “São interpretações únicas”, afirma a cantora.
O fato é que apesar de tantos estudos e competência, os dizeres: “Filho de peixe, peixinho é” se encaixa totalmente quando discute sobre o talento de Maria Rita e o talento de Elis Regina – necessariamente a que mais se destaca. Porém os genes e dons artísticos não negam a semelhança visual e gestual. Vale ressaltar que ambas possuem seu estilo e que independentemente das comparações, Elis deixou sua marca registrada pela bela voz e grande interpretação. Já Maria Rita tem mostrado um perfil diferente, em relação à interpretação e estilo de música.

segunda-feira, 2 de junho de 2008

6º Prêmio Tim de Música, homenageia Dominguinhos

O 6º Prêmio Tim de Música, exibido ontem pela TV Globo, aconteceu no Teatro Municipal do Rio no dia 28 de Maio. O evento foi apresentado por Marieta Severo e Marcos que entre o anúncio de um vencedor e outro, contaram um pouco da vida do sanfoneiro Dominguinhos, o homenageado da noite.

Dominguinhos tocou sanfona para diversos intérpretes, cantaram com ele Vanessa da Mata ("Lamento Sertanejo"), Elba Ramalho ("De Volta para o Aconchego"), Zezé di Camargo e Luciano ("Tenho Sede") e Ivete Sangalo ("Gostoso Demais"), que levou os troféus de "melhor cantora regional" e "de voto popular".O ministro Gilberto Gil cantou "Eu Só Quero um Xodó", num dos momentos altos.
Possível recordista da noite, o cantor Paulinho da Viola viu-se encurralado por uma eufórica repórter de TV, ao chegar no Teatro Municipal. "E então, Paulinho, ahaha, você já está com o discurso pronto, ahaha?"Recordista da noite, Paulinho foi indicado a seis prêmios e ganhou três: "melhor cantor" e "melhor disco" ("Acústico MTV"), ambos na categoria samba; e "melhor canção" ("Vai Dizer ao Vento"). Mas não precisou fazer discurso e, infelizmente, não cantou.
Sem agradecimentos ou chororô, o espetáculo foi enxuto. Os premiados eram chamados ao palco , recebiam o troféu e voltavam a seus lugares. Jornalistas, letristas, músicos, ao todo 20 jurados, escolheram os vencedores.
Enquanto isso, no banheiro de mármore do teatro, um renomado sambista enrolava um baseado de maconha numa rodinha de amigos. "Olha que imagem boa ele vai ter, ahaha", diz, olhando para o repórter. "Tá com máquina aí?"
Um sensacional grupo de sanfoneiros fechou a noite, com Dominguinhos.
Fonte: UOL

domingo, 1 de junho de 2008


Rita Lee: Ovelha negra da Família


Filha de Charles Jones e Romilda Padula, ele descendente de imigrantes americanos e ela italiana, fruto do que se costumava chamar "salada paulista", nasceu Rita Lee Jones no último dia do ano de 1947. Assim como suas irmãs mais velhas, Mary e Virginia, Rita recebeu o nome Lee em homenagem ao famoso General Lee.
Rita, grande ícone da música popular brasileira, sempre mostrou interesse pela música. Seu pai era um homem rígido, sério. Mas isso não incomodava a cantora. Ela fugia da rigidez imposta pelo pai e se deliciava com o som que saía do piano de sua mãe. Brincando, juntava-se às irmãs para formar trios vocais, embora entrasse em pânico nos recitais que sua professora de piano Madalena Tagliaferro promovia.
Na adolescência, Rita se trancava no quarto já de pijama, pronta para dormir. O que a família não sabia era que ela pulava a janela para apresentar-se tocando bateria em festas de escola. Em uma dessas escapadas, porém, teve crise de apendicite aguda, sua família foi chamada pela direção e a descoberta, inevitável. Apenas um dos muitos sustos que viriam a seguir. O maior foi quando pediu ao pai uma bateria Caramuru ao invés do tradicional baile de formatura, sonho de onze entre dez adolescentes da época.
FONTE: http://nanahayne.files.wordpress.com

sexta-feira, 30 de maio de 2008

Oswaldo Montenegro faz show de lançamento do DVD "Intimidade"

Oswaldo Montenegro lança novo DVD em shows nos dias 30 e 31/5
Nesta sexta (30) e sábado (31), o cantor Oswaldo Montenegro faz show de lançamento do DVD de seu mais recente trabalho "Intimidade", no Citibank Hall, na região sul da capital paulista.
No repertório, os fãs ouvirão canções do novo álbum como "Sempre Não é Todo Dia", "A Lista", "Bandolins", "Lua e Flor", "Lume de estrelas", além de grandes sucessos de sua carreira como "Baioque", "Flor da Idade", "Cigana", entre outros.
Oswaldo sobre ao palco acompanhado pelos músicos Caíque Vandera (teclados e computadores), Alexandre Meu Rei (guitarra e violão), Madalena Salles (flautas e teclado), Pedro Mamede (bateria) e Sérgio Chiavazzoli (bandolim, violões e banjo), fiéis ao cantor há muitos anos.
Citibank hall - av. dos Jamaris, 213, Moema, região sul, São Paulo, SP, tel.: 00/xx/11/6846-6040. Sex. (30) e sáb. (31): 22h. 90 min. 1.450 lugares. 14 anos. Ingr.: R$ 120 (camarote), R$ 120 (mesa VIP), R$ 90 (mesa setor 1), R$ 60 (mesa setor 2), R$ 50 (mesa setor 3). (p/ estudantes: R$ 50 a R$ 120). Cartões de crédito: American Express, Diners, Mastercard e Visa. Valet.: R$20. Ar-condicionado. Acesso a deficientes.




Fonte: Folha Online

O Tempo Não Para

Nada como começar o blog citando um dos grandes cantores e compositores que já vimos ou ouvimos falar. Agenor de Miranda Araújo Neto mais conhecido por Cazuza-apelido que ganhou do avô quando criança-foi um ícone dos anos 80 e indaga composiçoes até hoje.

Desde pequeno teve contato com a música, filho de produtor fonográfico, Cazuza cresceu em volta dos maiores nomes da Música Popular Brasileira como: Caetano Veloso, Elis Regina, Gal Costa, Gilberto Gil, João Gilberto, Novos Baianos entre outros.

Apaixonado pelas canções dramáticas e melancólicas, como as de Cartola, Dolores Duran, Lupicínio Rodrigues, Noel Rosa e Maysa, teve um tranquilo começo de vida entre faculdaes trancadas e viajens para Londres, onde conheceu o Rock de Janis Joplin, Led Zeppelin e dos Rolling Stones, e EUA.

Quando voltou ao Brasil ingressou em um grupo de teatro, onde foi observado pelo então novato cantor e compositor Léo Jaime que o indicou a uma banda de rock que procurava por um vocalista.

Foi no Barão Vermelho que ganhou fama como o vocalista e principal letrista da banda. Além disso, participou da primeira edição do Rock in Rio em 1985. A música que marcou o festival foi "Para o Dia Nascer Feliz", na qual cantou envolto a banderia do Brasil, para comemorar o fato de serem os únicos brasileiros a não serem vaiados pelos fãs de heavy metal. No mesmo ano foi infectado pelo virus da AIDS, e deixa o Barão Vermelho durante os ensaios para seguir carreira solo e ter liberdade para compor e se expressar.

Cazuza se foi, mas continua fazendo sucesso e ainda faz parte da vida das pessoas. Com suas 126 músicas gravadas, 78 inéditas e 34 na voz de outros ínterpretes, todas em forma de poesia, as quais jovens que mal o conheceram sabem cantar.


Para terminar o Post segue a música que inspirou o titulo do nosso Blog:






O Tempo Não Para
(Cazuza / Arnaldo Brandão)



Disparo contra o sol
Sou forte, sou por acaso
Minha metralhadora cheia de mágoas
Eu sou o cara
Cansado de correr
Na direção contrária
Sem pódio de chegada ou beijo de namorada
Eu sou mais um cara
Mas se você achar
Que eu tô derrotado
Saiba que ainda estão rolando os dados
Porque o tempo, o tempo não pára
Dias sim, dias não
Eu vou sobrevivendo sem um arranhão
Da caridade de quem me detesta
A tua piscina tá cheia de ratos
Tuas idéias não correspondem aos fatos
O tempo não pára
Eu vejo o futuro repetir o passado
Eu vejo um museu de grandes novidades
O tempo não pára
Não pára, não, não pára
Eu não tenho data pra comemorar
Às vezes os meus dias são de par em par
Procurando agulha no palheiro
Nas noites de frio é melhor nem nascer
Nas de calor, se escolhe: é matar ou morrer
E assim nos tornamos brasileiros
Te chamam de ladrão, de bicha, maconheiro
Transformam o país inteiro num puteiro
Pois assim se ganha mais dinheiro
A tua piscina tá cheia de ratos
Tuas idéias não correspondem aos fatos
O tempo não pára
Eu vejo o futuro repetir o passado
Eu vejo um museu de grandes novidades
O tempo não pára
Não pára, não, não pára